Tic-Tac do ponteiro: Corinthians tem 72h pra pagar dívida se não o pior pode acontecer
O Corinthians recebeu recentemente uma cobrança judicial no valor de cerca de R$ 43,2 milhões feita pelo empresário Giuliano Bertolucci. Este montante faz parte de uma dívida maior relacionada à compra do jogador Ramiro em 2019. A Justiça deu ao clube um prazo de três dias para efetuar o pagamento. Além disso, a equipe tem 15 dias para apresentar sua defesa ou indicar bens que possam ser penhorados.
Para lidar com esta situação, o Corinthians planeja protocolar uma petição solicitando a suspensão da cobrança até que um plano de pagamento das dívidas seja apresentado. Esta estratégia se baseia no Regime Centralizado de Execuções (RCE), um processo que protege o clube de execuções até que suas dívidas sejam formalmente organizadas.
O RCE é uma ferramenta jurídica que permite a centralização das dívidas de uma entidade em um único processo judicial. Assim, todos os credores são reunidos e os pagamentos são realizados conforme um plano aprovado pela Justiça. O objetivo principal é organizar e facilitar a gestão das dívidas, evitando penhoras descoordenadas e garantindo que os credores recebam de acordo com a capacidade financeira do devedor.
No caso do Corinthians, o RCE é uma das principais estratégias da diretoria atual para reorganizar as finanças do clube. A inclusão da dívida de Bertolucci no RCE é vista como uma vantagem, já que permite ao clube lidar com ela de maneira estruturada.
Como o Corinthians está lidando com a cobrança de Bertolucci?
O clube incluiu a dívida de Bertolucci na lista de credores submetida à Justiça. Até recentemente, o empresário e sua empresa não haviam acionado o Corinthians judicialmente, mas agora que o fizeram, o clube pode tratar dessa dívida dentro do RCE. Isso, segundo avaliação interna, dá ao Corinthians mais controle sobre o processo e evita que a situação seja discutida fora do regime centralizado.
A direção, liderada por Augusto Melo, espera que essa abordagem centralizada ofereça maior transparência e controle sobre as finanças, podendo até facilitar acordos em termos mais favoráveis a longo prazo. A petição para suspender a cobrança atual é apenas um passo dentro dessa estratégia mais ampla.
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