Pesadelo do Atlético-MG surge como fantasma e assombra a vida do Corinthians
O Corinthians encontra-se em um momento delicado fora dos gramados, apesar de um desempenho positivo no Campeonato Paulista. Questões financeiras têm se acumulado ao longo dos anos, agravadas pelas recentes denúncias de fraude processual envolvendo o clube.
Uma denúncia realizada pelo empresário André Cury trouxe à tona acusações graves contra o Corinthians. Segundo Cury, o clube teria manipulado processos judiciais para liberar R$ 61 milhões de forma irregular. A acusação sugere que o Corinthians utilizou manobras jurídicas para desbloquear somas penhoradas, alegando que os valores pertenciam à Caixa Econômica Federal. Os recursos teriam sido desviados para o pagamento de dívidas internas, beneficiando a gestão em detrimento dos credores.
De acordo com André Cury, as práticas adotadas pelo Corinthians configurariam uma manobra processual para evitar o pagamento de suas obrigações financeiras. Em uma petição anexada ao Regime de Centralização de Execuções (RCE), o empresário reitera suas alegações, acusando o clube de utilizar a Caixa Econômica como uma ferramenta para conseguir liberar os valores bloqueados pela Justiça.
Esses recursos, inicialmente, deveriam servir para quitar as cessões fiduciárias com o banco. No entanto, na prática, eles voltaram ao clube, que os teria utilizado para resolver questões orçamentárias internas, como o pagamento de salários de jogadores e funcionários. Cury solicitou a quebra de sigilo bancário das contas envolvidas para a apuração do real destino dos recursos.
Com o objetivo de sustentar suas acusações, a defesa de André Cury apresentou contratos de cessão fiduciária entre o Corinthians e a Caixa Econômica Federal. Esses documentos demonstrariam que o clube transferiu seus recebíveis para o banco, buscando, aparentemente, saldar dívidas com a instituição. Através desse acordo, o Corinthians conseguiu desbloquear montantes na Justiça, alegando que os créditos pertenciam à Caixa.
Entretanto, segundo Cury, a liberação desses valores tem sido uma forma de desvirtuar a finalidade das garantias, prejudicando os credores originais ao destinar os fundos para propósitos internos do clube. Ele afirma que a prática configura uma “engenharia fraudulenta”, que deve ser investigada a fundo pelo sistema judiciário.
Até o presente momento, o Corinthians e a Caixa Econômica Federal não se manifestaram oficialmente sobre a denúncia. O banco declarou, em ocasiões anteriores, que não emite comentários sobre processos judiciais em andamento e que mantém uma postura ética em todas suas operações contratuais.
Atlético-MG também enfrentou dificuldades com empresário em acordo milionário
Em 2023, o Atlético-MG precisou resolver uma pendência financeira com o empresário André Cury, referente a comissões de negociações de jogadores acumuladas ao longo dos anos. Inicialmente, a dívida era estimada em cerca de R$ 77 milhões, mas após negociações entre as partes, o valor foi reduzido para R$ 57 milhões.
O acordo firmado concedeu um desconto de 20%, equivalente a R$ 16 milhões, e definiu que o clube pagaria R$ 26 milhões de forma imediata. O saldo restante, de R$ 35 milhões, foi parcelado em 36 meses, com correções mensais baseadas no CDI.
A disputa judicial entre Atlético-MG e André Cury envolvia mais de 20 processos e gerou complicações financeiras para o clube, incluindo bloqueios em suas contas e penhoras sobre receitas da Arena MRV. Essas dificuldades impactaram diretamente a gestão financeira do time, tornando o acordo uma solução essencial para estabilizar a situação.
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