Ex-integrante do Corinthians passou aperto em cobrança da torcida
Ex-auxiliar do técnico Tite por mais de duas décadas, o agora treinador, Cleber Xavier, revelou em entrevista para o Estadão, uma situação em que passou aperto, junto de toda a equipe alvinegra, por conta de cobrança da torcida do Corinthians.
Cleber comparou a torcida do Timão, com a do Flamengo, e acabou revelando os bastidores do episódio.
“Acho maior que no Corinthians. O carioca entra em ti, eu era festejado e cobrado. É o porteiro do prédio, o cara na farmácia, na esquina. Não me lembro de ter sofrido uma pressão assim no Corinthians, de rua. A torcida do Corinthians é única porque apoia o tempo inteiro e depois vaia no final se não gostou do resultado. Muitas vezes a gente ganha no Corinthians jogando mal e a torcida te aplaude. No Flamengo, se ganha jogando mal, a torcida te vaia. Tem essa pressão por não jogar bem. Mas a torcida do Corinthians é violenta numa situação de pressão. Teve um jogo em Santos que a gente não pode voltar para o CT, teve que ir para o aeroporto e do aeroporto para o ônibus.” – disse o ex-companheiro do Tite.
Porque Tite não quis voltar ao Corinthians
Ainda na mesma entrevista, Cleber Xavier revelou o motivo que fez o técnico Tite, recusar o Corinthians em 2023. Na ocasião, Tite teria dito que não queria trabalhar no Brasil, mas acabou assumindo o Flamengo pouco tempo depois.
“Na época a gente estava indo para o Al-Hilal, já tinha tomado uma decisão quando o Corinthians veio conversar e a ideia não era trabalhar aqui no Brasil. O Corinthians estava em uma transição, estava saindo uma diretoria e entrando outra, era um momento complicado. Coincidiu de não irmos para o Al-Hilal e aparecer a proposta do Flamengo logo em seguida.
Vejo de forma natural a mágoa do torcedor. É interessante que tivemos três passagens no Corinthians. Em 2004, viemos para tirar o time do rebaixamento. A gente emenda 11 jogos sem perder e por um ponto não vai para a Libertadores. Aquilo, para a gente, foi uma conquista. Dentro de todas as passagens, para nós foram mais coisas boas. As coisas positivas suplantaram as negativas. Foram poucos momentos ruins e grandes momentos bons. E o que mais marcou foi a relação interna.”
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