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Crise no Corinthians: Entenda como tudo começou

O Corinthians enfrenta uma crise política e financeira profunda que se arrasta desde 2024, com desdobramentos graves em 2025. Tudo começou com o maior contrato de patrocínio da história do clube, firmado com a casa de apostas VaideBet, no valor de R$ 370 milhões. No entanto, denúncias de corrupção envolvendo o uso de uma empresa laranja e suspeitas de repasses para organizações criminosas, como o PCC, vieram à tona, levando a patrocinadora a rescindir o contrato em junho de 2024 por quebra de cláusulas anticorrupção.

Em agosto de 2024, noventa conselheiros do Corinthians protocolaram um pedido de impeachment contra o então presidente Augusto Melo, motivado principalmente pelo escândalo VaideBet. O processo enfrentou liminares e disputas internas, com a votação sendo suspensa e retomada diversas vezes até 2025. Em abril de 2025, Melo e ex-diretores foram intimados a depor, e o clube teve suas contas do primeiro ano de gestão reprovadas, apresentando um déficit de R$ 181 milhões e aumento da dívida em R$ 600 milhões, que já ultrapassa R$ 2,3 bilhões, agravando a situação financeira.

No final de maio de 2025, o Conselho de Orientação do Corinthians recomendou o afastamento imediato de Augusto Melo por gestão temerária, citando contratos sem licitação e falta de transparência nos balancetes. Melo foi oficialmente destituído após o processo de impeachment, e Osmar Stábile assumiu interinamente a presidência. Mesmo afastado, Melo tentou retomar o cargo por meio de manobras internas, mas sem sucesso.

Crise no Corinthians se intensificou após invasão da torcida na sede do clube

A crise política se intensificou em junho de 2025, quando torcedores invadiram a sede do clube, o Parque São Jorge, protestando contra a atual gestão e exigindo mudanças no estatuto para que sócios-torcedores possam votar nas eleições presidenciais — atualmente, apenas cerca de 4,5 mil sócios têm esse direito, o que gera insatisfação na massa.

Além dos problemas políticos, o Corinthians enfrenta dificuldades esportivas e financeiras. A equipe tem a segunda pior defesa do Brasileirão e está fora das principais competições continentais em 2025, o que reduz receitas importantes. A dívida elevada, o financiamento da Arena e as restrições para contratar jogadores devido a dívidas com atletas na Fifa complicam ainda mais o cenário para o clube.

Essa combinação de escândalos, instabilidade política, crise financeira e desempenho ruim em campo configura a maior crise da história recente do Corinthians, com impactos que ameaçam o futuro do clube em várias frentes.

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