Antigo pesadelo do Atlético-MG ressurge para assombrar o Corinthians
Recentemente, o empresário André Cury levantou preocupações sobre possíveis fraudes em movimentações financeiras envolvendo o Sport Club Corinthians Paulista. A questão central gira em torno do uso de receitas da TV Globo para o pagamento de salários, após a obtenção de uma liminar que desbloqueou tais verbas na Caixa Econômica Federal.
De acordo com Cury, o movimento feito pelo clube poderia indicar práticas ilícitas que depreciam a responsabilidade financeira da instituição. Ele argumenta que a atual situação financeira do clube não justificaria as movimentações realizadas, sugerindo insolvência e alertando para possíveis fraudes nos acordos com a Caixa.
As denúncias de Cury apontam que o Corinthians teria utilizado valores comprometidos à Caixa, através de contratos de cessão fiduciária, de maneira inadequada. Com alegações de que essas receitas incluíam direitos de transmissões de TV e outras fontes de receita, a preocupação é que esses fundos podem estar sendo mal utilizados para driblar execuções judiciais.
Em resposta às alegações, a Justiça inicialmente negou o recurso apresentado por Cury, alegando que as denúncias eram genéricas e ainda permitiam defesa. Um administrador judicial já foi nomeado para gerenciar o Regime de Centralização de Execuções (RCE) do clube, e cabe a ele a responsabilidade de investigar possíveis condutas ilegais.
Atlético-MG também teve problemas com o empresário
Em 2023, o Atlético-MG firmou um acordo com o empresário André Cury para resolver uma dívida de longa data. Inicialmente, o débito contabilizava aproximadamente R$ 77 milhões, mas com o novo entendimento entre as partes, esse valor foi reduzido para R$ 57 milhões.
A dívida substancial foi acumulada ao longo de anos devido a comissões de negociações de jogadores, que resultaram em mais de 20 processos judiciais movidos por Cury contra o Atlético-MG. O acordo incluiu um desconto de 20%, totalizando R$ 16 milhões. O Atlético-MG se comprometeu a pagar R$ 26 milhões de imediato, com a quantia remanescente de R$ 35 milhões sendo parcelada em 36 meses, com correção mensal baseada no CDI.
O entrave legal entre André Cury e o Atlético-MG incluía processos judiciais diversos, o que causou bloqueios em contas do clube e penhoras de partes das receitas da Arena MRV, dificultando ainda mais as operações financeiras do time.
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